Animais de estimação: castração e prevenção de doenças

Animais de estimação: castração e prevenção de doenças

Oi gente!! Eu já falei AQUI como ter um bichinho de estimação pode contribuir para a qualidade de vida das pessoas, mas sabemos que eles também exigem muitos cuidados e hoje vou compartilhar com vocês uma experiência que tive recentemente para – quem sabe – ajudar alguém que esteja indeciso sobre castrar ou não o seu cãozinho.

Quase sempre quem possui um animalzinho de estimação, seja um cão ou um gato, acaba ficando na dúvida se deve ou não castrá-lo. Muitos já optam por fazer a castração quando o pet ainda é um bebezinho, mas outros acabam deixando para depois e muitas vezes desistem de castrar em razão do valor do procedimento ou até mesmo por medo do risco cirúrgico.

Foi o meu caso. Eu tenho uma cadelinha da raça Chow Chow que adotei com 10 meses de idade. Como ela já havia passado pelo primeiro cio, acabei desistindo da ideia da castração –  já que anteriormente havia perdido outro cão da mesma raça precocemente e não gostaria de correr o risco de perder mais um animal.

Como não tinha outros cães em casa, não havia preocupação quando ela entrava no cio. Assim, o tempo foi passando e achávamos que ela estaria mais segura sem passar por um procedimento cirúrgico. Hoje ela está com 4 anos.

Porém, semana passada notei que ela começou com vômito, diarreia, falta de apetite e uma certa apatia. Logo pensamos que poderia ser alguma “guloseima” que fez mal ou que poderia estar com vermes. Então administramos o vermífugo e esperamos, mas o quadro continuava e no dia seguinte notei logo cedo que ela estava eliminando uma secreção purulenta pela vagina, com um odor bem forte.

Levamos correndo no veterinário e, após vários exames, foi constatado que ela estava com uma doença chamada piometra – uma infecção bacteriana no útero que geralmente acomete as fêmeas idosas, mas as jovens também podem desenvolver. Ela começa devido a um distúrbio hormonal que altera as células do útero, gerando acúmulo de líquido e infecção. Se não for contida a tempo, esta infecção pode se espalhar rapidamente, causando a morte do animal.

Resultado: ela teve que passar por uma cirurgia emergencial e arriscada, que poderia ter sido evitada se tivéssemos castrado logo no começo. É claro que ninguém vai adivinhar que uma coisa dessas vai acontecer, mas pesquisando sobre o assunto eu constatei que este é um problema mais comum do que se imagina, então obviamente a castração é o melhor a se fazer para a prevenção.

Para as fêmeas, a castração ajuda a evitar o aparecimento de tumores nas mamas, além de prevenir infecções como a piometra, pois é feita a retirada do útero e dos ovários.

Já para os machos, o benefício está ligado à área comportamental, pois a castração evita fugas e brigas com outros cães.

Então, se você tem um animalzinho de estimação e está em dúvida se deve castrá-lo ou não, procure analisar com cuidado se realmente vale a pena abrir mão deste procedimento. Riscos existem em qualquer cirurgia, mas se o animal estiver saudável, as chances de recuperação são praticamente de 100% – ao contrário do que ocorre no caso de uma cirurgia de piometra, por exemplo, que além de ser bem mais cara do que o procedimento de castração, oferece um risco muito maior se não for realizada a tempo.

Espero com este relato ter ajudado aqueles que ainda têm dúvida se a castração é o melhor a se fazer para a saúde e a qualidade de vida do seu animalzinho de estimação. Eles vivem pouco tempo e nos dão muitas alegrias, por isso temos sempre que pensar no que é melhor para eles.

Beijos!!

8 comentários sobre “Animais de estimação: castração e prevenção de doenças

  1. A minha femea tb teve piometra e o meu macho castrei com 8 meses e acertei n mosca,ele não levanta a perna para fazer xixi,pq pela falta de hormônio ele não precisa marcar território.Otimo post.bjos.assinei seu blog para receber as novidades.

    1. Oi Jana! Pois é, esse problema é mais comum do que se imagina. Que bom que deu tudo certo com seus pets! Eles são tão importantes para nós, né? Beijos e obrigada pela visita no blog!

  2. Nossa, adorei o post, que bom que a sua cadelinha ficou bem!! Eu tenho dois cachorros, um yorkie (Teodorico) e um Chihuahua de pelo longo (Victor Hugo). Estou pensando seriamente em castrar o Teo, mas é justamente pela área comportamental – ele é muito bravo! Não pode ver outro cachorro que quer brigar! – Já o Victor eu não pretendo castrar porque 1. chihuahuas de pelo longo são relativamente raros e 2. ele é a coisa mais calma do mundo! O comportamento dele é perfeito, então não vejo a necessidade de castrar como vejo no Teo. Mas é impressionante como podem ser os dois tão diferentes, crio igual. Hahaha.

    1. Oi Amanda! Machos são mais tranquilos com relação a problemas de saúde do que as fêmeas mesmo. Que legal você ter tantos bichinhos em casa! Realmente, cada um tem uma personalidade diferente, não importa se são da mesma raça. Minha outra chow chow era super brava, já a que tenho agora é bem mansinha. Vai entender, né? Mas eles são tudo de bom!!! Beijos e obrigada pela visita no blog!

  3. Fe, bom dia!
    Passei por isso com uma cachorra que tive, não quisemos cadastrar afinal vira-latas não tem essas doenças. Engano nosso e das pessoas que pensam assim, com 15 anos ela apresentou os primeiros sinais de infecção no útero e nas mamas, como ela já estava velhinha os médicos não quiseram operar, com 18 anos ele teve uma infecção generalizada e tivemos que tomar medidas mais drásticas e tristes.
    Aí as pessoas falam: ah, mas foi a idade. E eu respondo: Não, não foi, ela contribuiu para o agravamento da situação, mas se tivéssemos castrado quando podíamos nada disso teria acontecido e provavelmente ela teria uma morte sem dor e sem sofrimento.
    Com a atual cachorra, também adotada e também SRD, decidimos castrar ainda novinha e não em arrependo.
    Vale deixar a dica: se bem cuidados e com as devidas atenções o animal não fica “preguiçoso”, e o mais importante, animais SRD precisam dos mesmos cuidados e atenção que os de raça.
    Bjs

  4. Nossa Fer, que susto né? Mas que importante esse seu post de alerta. Eu pessoalmente sou defensora da castração, acho que é um ato de caridade pelos animaizinhos e você comprovou com essas informações que é uma necessidade para garantir a saúde deles. Graças a Deus a Juju está bem!

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